domingo, 1 de março de 2009

Novas Terras e a extinção da humanidade

Hoje estava lendo uma reportagem sobre o lançamento do supertelescópio Kepler, que vasculhará centenas de milhares de estrelas em busca de planetas na "zona habitável". Tal como os cientistas dizem na reportagem, quando terminarem essa "busca" daqui a 3,5 ou 6 anos, lançarão um novo telescópio para vasculhar melhor os planetas encontrados pelo primeiro.
Fiquei pensando, então, no que acontecerá quando descobrirem a primeira Super Terra, um planeta de massa maior que o nosso planeta, mas com condições semelhantes de sustentação de vida. Provavelmente, após um curtíssimo espaço de tempo devido ao avanço exponencial das tecnologias, logo estaremos descobrindo a primeira Terra Irmã e daí em diante já dá para imaginar os investimentos que serão alocados para levar os primeiros representantes humanos para "estudar" de perto nosso planeta irmão. As possibilidades são inúmeras, é claro, e nem seria necessário dizer isso aqui. Porém, além do tão desejado sonho de se encontrar um planeta diferente onde poderíamos habitar, tem também igualmente tão desejado sonho de descobrirmos que não estamos sozinhos neste universo. Junte esses dois sonhos e crie novas possibilidades.

Eu criei a seguinte:
- 2014: lançados os telescópios Kepler II e III para pesquisarem alguns milhares de SuperTerras;
- 2020: lançados os telescópios Gagarin e Armstrong para perscrutarem algumas centenas de Terras Irmãs;
- 2022: criada a Agência Mundial de Exploração e Colonização Espacial, orientada por 25 Blocos Econômicos, com aproximadamente 220 países membros;
- 2024: cientistas e pesquisadores reunidos em Genebra anunciam a confirmação da existência da "dobra espacial";
- 2025: lançado o primeiro foguete com tecnologia que permite-lhe atingir a dobra espacial. O fogue viaja até à galáxia de Andrômeda e retorna em duas semanas, com imagens e informações que comprovam sua presença naquela galáxia;
- 2030: lançada a sonda Laika, com a missão de recolher informações in loco da primeira Terra Irmã. A sonda foi equipada com o mesmo sistema de dobra espacial. Sua missão é de cinco anos para recolher informações precisas e envia-las à AMECE. Duas semanas depois começam a chegar as primeiras informações da sonda: os dados coletados informam que a composição atmosférias é compatível com a vida terrestre, que há água em estado líquido e terras cultiváveis. No entanto a maior parte dos dados foi mantida em segredo pela AMECE;
- 2030: país e Blocos Econômicos anti-AMECE provocam grandes atentados contra a agência por todo o mundo, causando mais de um milhão de mortes;
- 2031: países membros da AMECE decidem revidar os ataques do ano anterior. Com 90% dos votos a favor, esses países desferem violentos revides, varrendo da face da Terra 80% dos países anti-AMECE, com saldo de meio bilhão de mortes. Os restantes foram invadidos e forçados a participar da AMECE como um Bloco Político único, com direitos limitados e obrigações extendidas;
- 2032: publicados os primeiros resultados da Guerra da AMECE: 25% da Terra torna-se inabitável durante duas centenas de anos e a reserva aquífera potável é reduzida em 30%;
- 2034: criado Conselho Orientador Mundial Unido, o COMUn, cuja cúpula, formada por 131 representantes dos países membros autorizados da AMECE, fica responsável pelo governo da Terra, tarefa delegada ao Orientador Mundial, eleito pelo conselho mas não integrante do mesmo;
- 2034 - 2037: novas tecnologias de produção de alimentos e de aproveitamento de águas minimizam os estragos produzidos pela Guerra da AMECE de 2031, porém mais da metade da população terrestre passa fome e sede;
- 2036: concedido o perdão aos países remanescentes da Guerra da AMECE: a condição do perdão era a eleição de membros desses países para a formação da primeira equipe exploratória do planeta irmão;
- 2037: parte a nave hiperespacial NPSM, com 104 tripulantes. Essa missão deixa a Terra para retornar nove anos depois, para a estudar e explorar o planeta extraterrestre;
- 2037: o foguete NPSM chega ao destino. Dados da telemetria (agora obtidos com apenas algumas horas de atraso devido à evolução tecnológia na transmissão de dados via canais hiperespaciais) informam que a aterrissagem foi concluída com sucesso e que todos os 104 tripulantes estavam bem. No entanto, poucos minutos antes da abertura das portas da nave os sinais sumiram; semanas seguidas e infrutíferas de tentativas de retorno dos sinais fazem com que a AMECE prepare uma nova nave hiperespacial, menor, com tripulação reduzida, para averiguar o acontecido com a NPSM. Um novo sistema de transmissão de dados, mais seguro e imune a todas as interferências físicas conhecidas, foi implantado na nova nave, a fim de garantir a transmissão de dados sob quaisquer condições, incluindo a destruição da nave, por tempo suficiente para a identificação dessas condições. São recrutados militares de elite da AMECE para compor a tripulação, que contaria também com alguns cientistas, representantes de todas as áreas do conhecimento humano. Simultaneamente a AMECE é forçada pelo COMUn a divulgar todos os dados obtidos em todas as expedições, desde a sonda Laika. Vencida, a AMECE divulga os dados, solicitando, no entanto, que o conhecimento dos mesmos fosse mantido dentro do conselho e pelo Orientador Mundial. Invasores de sistemas de informação conseguem extrair fragmentos dos dados enviados ao conselho. Organizados por analistas mercenários, os fragmentos revelam que a sonda Laika havia identificado não apenas terras cultiváveis, mas principalmente terras cultivadas. Grupos formados por cientistas de todo o mundo, cientes dessas informações, divulgam seus estudos, pareceres e temores. Um misto de euforia e pânico toma conta de toda a Terra: uns entusiasmados por haver vida inteligente fora do nosso planeta; outros temerosos justamente por terem perdido contato com as naves em um planeta habitado e nenhuma informação ter sido captada a cerca dos extraterrestres;
- 2037, agosto 8 - a nave NPSM II parte da Terra. A previsão de chegada ao destino, com a nova tecnologia de propulsão utilizada ao máximo, é de apenas duas semanas;
- 2037, agosto 14 - chegam sinais da NPSM II indicando que ela fora destruída. Imagens captadas no momento revelam o vulto de uma nave não identificada nas proximidades;
- 2037, agosto 21 - telescópios superpotentes na Terra e em órbita captam a imagem integral de uma nave em nossa direção, revelando-a extraterrestre. Tentativas de comunicação com a mesma acontecem de todas as partes do planeta. Nenhuma obtém resposta;
- 2037, agosto 12 - o COMUn, orientado pela AMECE, considera hostil a aproximação da nave extraterrestre e envia mensagens de ameaça de retaliação, as quais não são respondidas;
- 2037, agosto 13, 12:00 (Hora Oficial do COMUn) - o COMUn resolve atacar os extraterrestres ainda no espaço lançando naves fortemente armadas;
- 2037, agosto 13, 11:45 (HOC) - todas as naves terrestres estão destruídas e os extraterrestres continuam avançando em direção à Terra;
- 2037, agosto 13, 22:00 (HOC) - a nave extraterrestre chega à órbita terrestre. Nas semanas que se seguem, relatos do mundo todo informam o aparecimento de diversas sondas extraterrestres;
- 2037 a 2039 - Tentativas sem sucesso de comunicação com os alienígenas reforçam a necessidade de um novo ataque. No entanto, líderes de todo o mundo estão em dúvida sobre o sucesso da investida, uma vez que seria necessário o emprego das armas mais poderosas e que, devido à distância em que se encontrava a nave, poderiam causar danos incalculáveis ao nosso planeta. Enquanto a indecisão dura, os humanos começam a se acostumar com as sondas vagando à sua volta. Tentativa de captura das sondas resultam em fracasso.
- 2038 - grupos extremistas providos de avançadas tecnologias bélicas provocam intensos ataques contra as sondas e contra a nave extraterrestre, causando grandes estragos em nosso planeta. Algumas sondas são destruídas, porém logo são repostas pela nave-mãe. Esta, por sua vez, não se abala com os ataques, permancendo em sua órbita inalterada;
- 2039, setembro 1º - às 23:00 as sondas desaparecem, retornando à sua origem;
- 2039, setembro 1º, 23:33 (OOC) - a Terra é atingida por um violento ataque extraterrestre. A tecnologia da arma usada jamais foi conhecida, mas o mais estranho é que apenas os humanos foram atingidos com precisão e velocidade inimagináveis;
- 2039, setembro 2, pouco depois da meia-noite - cessam os ataques. Restam apenas centenas de milhares de sobreviventes. Em alguns meses esse número é reduzido pela metade devido ao falecimento dos gravemente feridos;
- 2039, dezembro 24, meio-dia, mais ou menos - extraterrestres aparecem aos poucos sobreviventes. Dentre estes, um indaga ao alienígena por quê foram atacados. O alienígena apenas responde "A sua raça ganhou mais uma chance de evoluir" e o deixa.

- 2039, dezembro 25, próximo da aurora - a nave extraterrestre parte da órbita terrestre, deixando para trás um clarão no céu estrelado.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Coisas para se pensar: onde você estará?

Outro dia, assistindo ao Discovery Channel: O Universo, vi e ouvi os astrônomos comentando sobre a expansão do nosso universo. Pois é, tirando a sensação de praxe de sentir ser apenas o perdigoto do espirro do vírus, perguntas surgiram na minha cabeça: qual o perímetro da Terra? Qual a distância da Terra para o Sol? Pois bem. A partir dessas duas perguntinhas aparentemente inocentes e sem propósito prático no nosso cotidiano (a não ser para aqueles que viajam muito de leste a oeste por distâncias muito grandes e para aqueles que calculam quanto tempo levará um míssil balístico para atingir este ou aquele país a 12 meridianos de distância) e tomadas algumas informações que a gente aprende no 6º ano do Ensino Fundamental (antiga 5ª série do Primeiro Grau), como por exemplo que "a velocidade da luz é de aproximadamente 297.000 Km/s", surgiram algumas respostas que deram no que pensar.
O raciocínio é o seguinte:
1. O perímetro médio da Terra, na Linha do Equador, é de aproximadamente 40.075 Km (ou 40.075.000 metros);
2. a Terra leva aproximadamente 24 horas para completar sua rotação (ou 86.400 segundos) - um dia;
3. considerando os itens 1 e 2, temos que a velocidade média de rotação da terra é igual a 463,8 m/s;

4. a distância média da Terra até o Sol é de 149.597.870 Km (ou 149.597.870.000 metros);
5. a Terra leva aproximadamente 365 dias, seis horas e oito minutos (1 ano) para completar sua translação sobre o Sol (ou 31.558.080 segundos);
6. considerando as informações nos itens 4 e 5, temos que a velocidade média de translação da terra é igual a 4.740,40 m/s;

7. colhendo algumas informações colhidas em sites de universidades importantes, obtive que nosso sistema solar gira a uma velocidade média de 235.000 m/s em torno do centro de nossa galáxia, a Via Láctea;
8. a Via Láctea move-se pelo universo, em direção à galáxia de Andrômeda a uma velocidade média de 150.000 m/s; e
9. o grupo a que pertence nossa galáxia, incluindo Andrômeda e outras, viaja pelo universo a uma velocidade média de 500.000 m/s.

Resumo:
a) a Terra se move 463,8 metros para leste em um único segundo;
b) a Terra se move 4.740,4 metros em torno do Sol em um segundo;
c) a Terra se move 235 quilômetros, junto com nosso sistema solar, em torno do centro da Via Láctea, em um segundo;
d) a Terra se move 150 quilômetros, junto com a Via Láctea, em direção a Andrômeda, em um segundo; e
e) a Terra se move 500 quilômetros pelo universo, dentro de seu grupo de galáxias, em apenas um segundo.

Pergunte-se: onde estarei daqui a um segundo? E que tipo de rastro deixarei para trás?

Bibliografia:
(http://www.on.br/pergunte_astro/indice_resposta.php?id_tema=8)(http://www.scielo.br/pdf/rbef/v28n2/a06v28n2.pdf)
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Via_L%C3%A1ctea)

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Ensaio sobre espiritualidade

A filosofia, desde a Antigüidade, em Tales de Mileto e alguns de seus seguidores, identificava o nosso Deus contemporâneo na natureza, onde a água era a melhor relação que se podia fazer com o divino. Já Parmênides de Eléia O definia como o Um, a Unidade, e fora Dele nada poderia existir.
Tanto na Grécia antiga ou mesmo em Roma Antiga não havia uma representação matemática para zero (0). Este é um conceito definido pelos hindus e disseminado pelos árabes séculos depois do nascimento de Cristo. Assim, o Um, não o zero, era o início de tudo e de todas as coisas. É uma forma até romântica de se observar essa questão, principalmente contrapondo a ciência moderna (1), para a qual o nada (o zero) era o início de tudo e a religião (cristã), para a qual Deus (o Um) era o início de tudo. Para a ciência moderna havia o vácuo e então, após um tempo (2) imensurável para a humanidade, ocorreu o Big Bang, que trouxe a vida ao Universo (3). Para a religião, Deus É, ou seja, antes de tudo havia Deus, o Um. Deus precede todas as coisas, inclusive o vácuo, a escuridão. E então, após um tempo divino (também imensurável), fez-se a luz e daí toda a vida.
A diferença entre as teorias da ciência, tanto a moderna quanto a contemporânea, e da religião é a substância inicial. Para a ciência moderna, apenas o nada havia (sem substância); para a contemporânea, a matéria e condições físicas imateriais (a energia?) para a detonação do Big Bang; e para a religião havia a substância divina, que não podemos defini-la como matéria ou energia ou qualquer outra coisa porque qualquer definição pode ser demasiadamente limitadora na compreensão do que realmente Deus é “feito”.
Mais recentemente a Física Quântica vem tratando dos aspectos da substância da realidade. O que de fato cria a realidade que percebemos? No documentário What the Bleep (#$%!@) Do We Know? (no Brasil, “Quem somos nós?”) somos levados a compreender que todos somos feitos principalmente de energia (4). Levando em consideração que “energia” é um conceito humano, podemos admitir que somos feitos principalmente de uma substância imaterial.
Tanto a ciência quanto a religião admitem, de uma forma ou de outra, que há algo mais que nos torna humanos, algo além de uma energia ou força que faz movimentar nossos membros, funcionar nossos órgãos. Um algo mais que nos faz pensar, questionar, acreditar, temer, amar e odiar que não pode ser explicado apenas pela fisiologia, pela biologia, pela física ou pela química. Para ambos, a vontade ainda não pode ser explicada em termos humanos. Para a religião a resposta está na alma; para a ciência, a resposta ainda está no cume do monte que os cientistas escalam afim de compreender a vida. Mas a ciência admite a existência de uma condição inexplicável que nos torna humanos, uma condição além das inúmeras ligações sinápticas.
Temos, então, as seguintes premissas: 1ª. O Um não pode ser determinado substancialmente; 2ª. Todas as coisas derivam do Um; 3ª. Uma vez que a energia é o que de fato compõe a realidade, então a matéria é uma realidade criada a partir da nossa vontade e 4ª. Essa vontade ainda não pode ser definida pela ciência e é nominada pela religião como alma.
Um outro princípio a ser analisado é sobre o surgimento da vida. Algumas religiões, dentre elas a cristã, prega o criacionismo, a partir do qual todas as coisas foram criadas pelo Um tais como são atualmente, essencialmente os seres vivos. As mudanças ocorreram e ocorrem apenas no âmbito do habitat, sem interferir na evolução das espécies. A ciência propaga o evolucionismo, sobre o qual todas as coisas surgiram da unidade absoluta e evoluíram com o tempo, inclusive a vida, em seu surgimento e forma.
Destes dois conjuntos de compreensão do surgimento da vida, podemos extrair um ponto de intersecção: a substância da vida. Para a religião, Deus sopra a vida sobre a matéria (5); para a ciência, a vida impregna a matéria. Para ambos, então, a vida, a alma, a vontade, é uma substância desconhecida, da qual a matéria necessita para existir. Então, a convergência entre as duas formas de compreensão da vida está no âmbito da substância desconhecida que permeia a matéria.
Se retornarmos às nossas premissas, podemos fechá-las em um círculo unindo a primeira e a quarta: o Um substancial com a substância da vida. Ou seja, a vida, a alma ou a vontade deriva do Um e, sendo feita da mesma substância, é completa em sua parcialidade. Para a religião, somos feitos a imagem e semelhança de Deus, o que pode ser traduzido, levando-se em consideração que Deus não pode ser definido materialmente, que nossa semelhança com o Um está em nossa alma, nessa substância que impregna nossa realidade material.
Então podemos fazer a seguinte analogia: tome-se o ar (a despeito de sua composição) para o Um e um recipiente para um ser material. O ar não tem limites, é amorfo. O recipiente limita e dá forma ao ar, destaca-o da atmosfera sem, no entanto, torná-lo diferente, pois ainda possui a mesma composição da substância do ar externo. Esse recipiente poderia ser, por exemplo, o ser humano, um cão, uma flor, um diamante, ou seja, uma composição energética com formato, com limite definido, mas impregnado de vida. Retire a substância dessa forma e devolva-a ao Um, ou abra o recipiente e deixe o ar escapar de volta à atmosfera e ele perde sua forma e se mistura, tornando-se indistinguível da forma que anteriormente habitava, o recipiente. Separado da atmosfera, o ar tinha um formato e dava sentido e significado ao recipiente, podia ser identificado, era uma parte da atmosfera, mas era também a atmosfera, pois trazia em si todas as propriedades de sua origem. Ao voltar para o espaço o ar perde sua identidade, pois agora já não está mais isolado pela matéria e sua substância, por ser a mesma da atmosfera, não pode ser mais definida isoladamente.
Essa analogia tem a função de demonstrar que a substância que impregna a matéria, ou, mais especificamente, a alma, tem sua identidade apenas enquanto dá finalidade ao corpo que habita. Uma vez que deixa esse corpo, sua identidade já não mais existe, pois, retornando ao Um, mistura-se a todas as outras almas, as outras partes que retornam de outros corpos, de outras matérias, para o Um. Se o ar escapar do recipiente para a atmosfera e, em seguida, esse mesmo ou outro recipiente for novamente agitado no espaço, preenchido de ar e lacrado, não o será jamais com a mesma porção do ar que havia escapado. E assim é com a alma. Uma vez de volta ao Um, jamais habitará a mesma matéria ou outra qualquer a parte isolada que retornou ao Um, mas sim uma parte composta essencialmente do Um e de todas as outras partes que em um momento retornaram.

Notas

1. A ciência contemporânea admite a existência da matéria antes do surgimento do universo tal como o conhecemos. Essa matéria, comprimida em um volume incompreensivelmente pequeno teria adquirido força, pressão suficiente para detonar o surgimento do nosso universo.

2. O Tempo, aliás, é outro conceito interessante de ser discutido, principalmente por se tratar de um conceito exclusivamente humano até o momento.

3. A etimologia da palavra UNIVERSO remonta do latim unus e versus, ou “todo inteiro”. Usa-se para identificar a totalidade das coisas.

4. Uma questão apresentada pela Física Quântica envolve relação entre a quantidade de matéria existente em um átomo, representada principalmente pelo núcleo, com seus prótons e nêutrons, e o volume que esse átomo ocupa no espaço, volume gerado principalmente pela eletrosfera, onde viajam os elétrons, os quais não podem ser encontrados com exatidão, devido às suas propriedades físicas. Uma vez que o maior núcleo de um átomo é dez mil vezes menor que o próprio átomo e que esse núcleo concentra praticamente 99,9% de toda a massa do átomo, pode-se considerar, nessa relação, a matéria é quase desprezível. Além disso, toda ligação entre átomos para a formação de uma molécula é feita na eletrosfera, com apenas estimados 0,1% de matéria e o restante, energia. Assim sendo, seríamos basicamente energia e nossa relação com o mundo, a realidade, dar-se-ia através dos contatos entre os campos energéticos, magnéticos, e não através do contato entre matérias.

5. “Então Deus disse: 'Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.'” (Gênesis 1, 26) e “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente.” (Gênesis 2, 7)


Bibliografia
http://www.brasilescola.com/filosofia/tales-mileto.htm
http://www.brasilescola.com/biografia/parmenides-elea.htm
http://www.if.ufrj.br/teaching/cosmol/exprim1.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Átomo#Estrutura
http://www.brasilescola.com/historiag/criacionismo.htm
http://www.bibliacatolica.com.br/